Vice do Corinthians contesta auditoria de materiais da Nike e ameaça processar funcionários

Vice-presidente do Corinthians, Armando Mendonça enviou uma notificação extrajudicial a dois funcionários do clube. O dirigente reagiu após ser citado na auditoria interna que apura irregularidades no controle de materiais da Nike.
➕ Corinthians inicia venda de ingressos para jogo contra o Realidade Jovem pelo Paulistão Feminino
Armando notificou Marcelo Munhoes, diretor de tecnologia, e Reginaldo Nascimento, coordenador de sistemas. A medida foi anexada ao inquérito policial que investiga o caso e contesta o relatório produzido pela equipe responsável pela auditoria.

Autorizada pela Portaria SPA/MF Nº 2.090, de 30 de dezembro 2024 | +18 | Publicidade | T&C Aplicam-se | Jogue com Responsabilidade.
No documento, Armando afirma que o relatório apresenta impropriedades técnicas e acusações sem provas mínimas. Por isso, ele exige acesso integral às evidências citadas, como logs de sistema, registros de movimentação e recibos. O vice também pede retratação pública e a preservação de todos os arquivos ligados ao caso.
Marcelo Munhoes classificou a notificação como intimidadora ao depor na Polícia Civil. Ele afirmou que a auditoria foi solicitada pela presidência e conduzida de forma técnica ao longo dos últimos meses. Segundo o diretor, o nome de Armando aparece no relatório por ser o responsável pelo almoxarifado, setor onde ocorreram as movimentações suspeitas.
A Polícia Civil segue com o inquérito por furto qualificado e intimou o vice a prestar esclarecimentos. O delegado César Saad já acompanhou diligências no CT e agora busca aprofundar as informações sobre materiais que não foram registrados no sistema oficial do clube.
Entenda o caso
A auditoria começou depois que o Corinthians recebeu 9.062 produtos da Nike, avaliados em R$ 4,9 milhões, entre abril e dezembro do ano passado, sem o lançamento das notas fiscais no sistema oficial do clube. A ausência desses registros impediu o rastreamento das peças e levou o Conselho Deliberativo a apontar risco fiscal e irregularidades no controle interno.
O volume sem registro também chamou atenção da Polícia Civil, que abriu um inquérito por furto qualificado para apurar possíveis desvios no CT Joaquim Grava. A Drade investiga se houve movimentações indevidas no estoque e segue ouvindo funcionários enquanto analisa documentos que deveriam comprovar a entrada e a saída dos materiais.











